O Vinho e a Solidão

Quando a tristeza me visita

Faço de qualquer quarto um cárcere.

Na companhia de uma taça que não me merece

Peço que a amante inspiração insista.

Que no papel branco eu comece

A grafar uma dor mista.

Na garganta da solidão o vinho desce

Enquanto seu corpo tenta... mas não grita.

Um poeta no tédio fenece

Após uma luta aos moldes xiita.

O crepúsculo chega!... Anoitece.

O poeta satisfeito fita

A dança dos versos que agora acontece.

Cala-se a tristeza, pois ela se irrita.

- Carlos Conrado-

Carlos Conrado
Enviado por Carlos Conrado em 26/05/2016
Código do texto: T5648049
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