Um dia meio estranho


Meio dia ou inteiro...
Acabou a tinta
Está vazio o tinteiro,
Quiçá, de vazio,
O tinteiro está cheio....
Ah, como se pinta
Um dia ao meio, 
Uma história de negoceios,
E, uma farsa sem galanteios...
Se tem papel e não tem tinta,
Se tem uma história ao meio,
Eu creio...

Nesse dia meio estranho
Acordei inteiramente estranha
E um gosto de passado
Amargou meu paladar...
Meu corpo arrefecido
Meio acordado, meio dormido
Dispensou se levantar
Meus olhos meio abertos
Se negaram enxergar
E meus ouvidos,
Ensurdecidos... estranhamente,
Esqueceram de acordar....

Que dia meio estranho
Eu de novo a passar...
Que sina descabida
Uma história destruída
Quantas vezes eu terei que recontar?
Se era chumbo,
Hoje estanho,
Estranho... pouco importa o metal,
Dói da mesma forma
A ditadura disfarçada retomando o lugar...
Que dia meio estranho,
Já vivi, já sofri e sei, vou chorar...
Gelci Agne
Enviado por Gelci Agne em 31/08/2016
Reeditado em 31/08/2016
Código do texto: T5745699
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