Elegíaco

Um corpo que amortece a eternidade

Assim somos...

Completamente destruídos, penalizados

Subjugados a uma existência sem atribuições claras

Vagante alma, perpetuada na mortalidade

Quimera, e talvez verdade... um traje de cosmos

Uma taça de universos transbordando sobre olhos doces

Imortalidade que se ganha na dor, e dor que levantamos como brasão

Corredores silenciosos, noite densa para nossa elegia

Pátria herdada, esse jardim em corrente mortandade

Nenúfares, crisântemos, lírios... completo asilo

Um castelo no alto do mais íngreme caminho

Adocicado toque de trombeta nos revela o ímpeto escatológico

Nos desperta sem pressa, temos todo o tempo do mundo para morrer

Saímos bailando, não deveria haver medo frente aos portões

Vozes ecoam, nossas lágrimas agora são rios, e nos banharemos neles

Tomverter
Enviado por Tomverter em 18/09/2016
Reeditado em 20/09/2016
Código do texto: T5764324
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