Agonia I
[...]
Meu Santo Altar
Aberto para ti em ternura
Num suntuosa piedade
De alma escura
Eu, trêmulo, lúgubre
Acariciava-lhe a cabeça
Rogando por tua mente
Numa prece espessa
Te levei ao altar
Estavas branca, espasma
Acendi todas as velas
Iluminei-te, meu fantasma
Balance, ondule, grite
Espasme em meu ouvido
Em silêncio me contamine
Lucidez não faz sentido
E no silêncio final
Me sinto frio, sem vida
Mas vivo, em tristeza.
Peregrino sem saída
E hoje, em desequilíbrio
Arrastamo-nos em clamor
Juntos, presos e perdidos
Neste centro infinito da dor
[...]
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