Ave pensamento

Tire o olho da minha loucura

Não meta o dedo nos meus mitos

Nos ritos em que acredito;

Não bloqueie meu bloco

Já tão bloqueado e medonho

Por sonhos dantescos

Nessa avenida invertida,

Nesse carnaval insano.

Os tambores da insensatez?

Que rufam em outra Sapucaí.

Pro inferno essas alegorias sem alegrias

Que depenam as aves

Que morrem de tristeza e frio...

Sob as nuvens impetuosas

Elas, que singravam, sangram,

Agonizam nuas e cruas...

carlinhos matogrosso
Enviado por carlinhos matogrosso em 25/02/2017
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