“MALICIA”
 
 
A noite navega solta...
Ao sabor do vento e da musica calma...
Enquanto no bar cheio de revolta...
Alguém afoga as magoas tentando curar a alma!!!
 
Bebe a sua própria sorte...
Buscando infundadas explicações...
Conjectura até por sua morte...
Dado ao nível de suas aflições!!!
 
Pobre ébrio escravo da malicia...
Que conhece as alcovas mais que a si mesmo...
Transita tropeço entre suas vitimas...
Sem ter paradeiro caminha a esmo!!!
 
Anda de cama em cama...
De bar em bar...
Ninguém a lhe acudir...
Ninguém a lhe ninar!!!
 
Pobre ser sem inocência...
Escravo de sua própria inquietação...
A muito deixou de ser a criança...
Que mora apenas em sua imaginação!!!
 
Um alguém que sobrevive do lixo de muitos...
Uma pessoa sem parada...
Não vislumbra um porto seguro...
Sempre esta no meio da estrada!!!
 
Perdeu a ultima Mulher que o salvaria...
Por pura desconfiança...
Hoje lamentando sua pouca sorte...
Soluça feito uma criança!!!
 
Pobre homem refém do vicio...
O vicio de misturar vidas...
Comprometeu o seu pouco destino...
Abrindo sangrentas feridas!!!
 
Fez escravas e se escravizou...
Pelos bares da vida...
Não sabe nem em quantas camas deitou...
E nem quantas são suas feridas!!!
 
Misturou diversos nomes...
Pintados com agressivos batons...
Dormiu em mil bordeis...
E acordou apenas com corpos!!!
 
Pobre homem vivido...
Alienou o melhor do que tinha...
Perdeu em algum beco escondido...
A identidade, a sua memoria!!!
 
Chorou por todos os amores...
Mesmo aqueles de uma noite apenas...
Sentiu todos os horrores...
E desistiu da vida mundana!!!
 
A noite perde um guerreiro...
Mas ganha um guardião...
Descanse em paz companheiro...
O bordel é pura ilusão!!!