CEMITÉRIO

O cemitério não é o fim,

Como julga a descrença sombria,

Antes é a porta para o sem-fim,

Onde todos são iguais

— Na tristeza e na alegria —

Embora nos recantos da terra

Fossem tão únicos e desiguais:

No túmulo, a vida não se encerra.

Quando uma luz se apaga

Eternamente morta ficaria...

No entanto, outra luz

Sempre em seu lugar se acende,

Como a criatividade do artista,

No interminável dia a dia.

Nada de verdade se acaba,

Por mais que o ateísmo insista,

Tudo ganha vida novamente

E assim o tempo se reproduz.

Carlos Henrique Pereira Maia
Enviado por Carlos Henrique Pereira Maia em 17/06/2017
Reeditado em 17/06/2017
Código do texto: T6029716
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