Pecado e Graça

Parnaíba, Piauí, 20 de agosto de 2014.

Este sorriso que te oferto

É pura obra tua, Senhor.

O Teu Santo Espírito

Na minha face o colocou...

Mas as lágrimas recorrentes

Que ora vem à tua frente

São porque sou pecador.

Bem sabes dos dias difíceis

Em que eu fico acuado

De um lado o espírito

E do outro o pecado

O bem que quero se afasta

O mal que não quero alastra

E me sinto fracassado.

Ou outros dias tão tristes

Em que pensamentos sobram

O passado se amotina

E até louvores incomodam,

A Bíblia fica fechada

A boca, não ora, calada

E os joelhos nem dobram.

Pedro negou-te três vezes

Quantas vezes nego eu?

Quantas vezes desejei

E coloquei o dedo meu

Reabrindo as tuas chagas

Fiz sangrar as tuas marcas

E fingi que não fui eu.

De quanto perdão preciso

Ó meu querido, Senhor?

Quantas vezes te procuro

E sussurro a mesma dor

Dói a desobediência

E nas crises de descrença

Quantas já o galo cantou!

Tua Palavra me diz

Que se te eu confessar

Meus pecados és fiel

E justo pra perdoar

Purificar minha lida

Restaurar minha vida

E me santificar.

Sei, por fé, em tua Palavra

Ei de um dia escutar

Tua voz dizer: “vem pra fora,

Já é hora de acordar

A trombeta está se ouvindo

A igreja está subindo

E eu vim pra te buscar,

Meu pequenino servo.

Não tens condenação

Desde quando entregaste

A mim o teu coração

E correste do perigo

E em mim fez seu abrigo

Implorando meu perdão”

E talvez eu cante alto

Ao meu querido Senhor:

Este hino que ouvi

E em meu coração ficou:

“Da glória desceu

E seu sangue verteu

Pra salvar um pecador”