Operário quase em Construção

Dona Fia, cadê o Andrada?

Não é dele esta enxada?

Deixou ontem em meu bar

Como poderá capinar?

Ele que já foi coveiro

Jogava bocha em terreiro

E quando aparecia por lá

Lá deixava sua pá

Já tentou ser motorista

Alegava problema de vista

Prurido lhe dava na mão

Era alérgico à direção

Já trabalhou na Igreja

Que permaneça, assim seja

perdoou-se com o vigário

pois dormiu no campanário

Ao tratar da tartaruga

Seu ânimo se viu em fuga

Disse que o bicho era rebeldia

De tanto que ela corria

Foi bedel lá na escola

E deixou de bater o sinal

No dia não teve gramática

Foram cinco aulas de matemática

Dona Fia me desculpe

Que ninguém o Andrada apupe

Se ajudante na Criação

O mundo estaria em construção

Roberto Chaim
Enviado por Roberto Chaim em 13/04/2011
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