A FADA DO ARCO-ÍRIS
Se juntaram os sapos
Pulando saltos
Prá ver o arco-íris descer
No rio água beber
. . .
Quando o arco-íris raiou
O céu de cores pintou
Espelhava uma figura
Reluzente criatura
. . .
Disse um sapo assombrado
De verde esmaltado:
-Que coisa é aquela cor de fogo,
Será um pote de ouro
Esquecido pelos coboldos?
. . .
Respondeu o sapo bolota
Saltando cambotas:
-Por certo é uma miragem,
Deixe de dizer bobagem!
. . .
Retrucou outro sapo jade
Cor de espinafre
Franzindo a careta:
-Aquilo é uma borboleta!
. . .
Deslizando pelo arco-íris em flor
Desceu uma fada de sete cor
Luzindo como vagalume
Exalando perfume
Trazendo na mão
Uma varinha de condão:
. . .
-Algum sapo tem um pedido,
Quer ficar colorido
Criar asas de mosquito
Saborear um pirulito?
. . .
Responderam num reboliço
Pulando maçarico
Esperneando de felizes
Por ver a fada do arco-íris
. . .
E tagarelam as cigarras
Fazendo enorme farra
Que sempre falta um sapo
Na meleca do banhado
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Que é a fada que vem buscar
Prá com ela no céu o arco-íris pintar.
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