Tempo de Areia (À vovó Myrtes).

Nas estórias das manhãs de Areia

A vida começava num feixe de sol.

Dos fantasmas na casa-de-farinha,

da moenda que cheirava à tripulice.

Era o bel prazer: banhos de açude,

saltos intrépidos do alto do galho,

doce sabor de laranja no céu-da-boca

nos assombros inglórios de fim matinal.

A tarde passava no giro da saia pinçada,

no passeio na cidade em dia de feira,

nos berros da trupe no carro do circo.

O universo era o amor de mãos dadas

Enquanto a juventude faceira espiava

a chegada de sonhos no fim do começo.

Poema publicado também na página pessoal do autor Blog VERDADE EM ATITUDE (www.VERDADEmATITUDE.blogspot.com).

Thiago Azevedo
Enviado por Thiago Azevedo em 17/01/2012
Código do texto: T3446095
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