Paralelos

A chuva cai...

Como se fora um orvalho...

O pensamento vai

Na cadência

Do ritmo da chuva

Que cai,

O pensamento desvairado

Sai...

Na eterna busca

De um grande amor

O pensamento vai...

Por onde andará

A dama

Que meu coração

Em vão reclama...

Como a chuva que vai

Miudinha

O pensamento voa

mais que a luz caminha,

Entre bilhões de estrelas

De todas as galáxias.

Milhões de mundos

Dentro do meu eu

compreendendo a existência

de um grande Deus!

O pensamento vai...

Os pés no chão do azul planeta

E essa chuva fina que não pára...

Ritmando o som de uma retreta!

Mil acordeons, em sinfonia...

Mil guitarras! Mil violões sonoros!

Violinos tantos a vibrar,

Os acordes de um concerto madrigal!

Quem dera nestas gotas prateadas

Que esculpiu o próprio Criador

Poder seguir a longa estrada

por sí só,

pavimentada, aplainada

testemunhando em minha mente

a existência

Doutros universos paralelos...

E com se tudo fosse um novelo

Da fina lã da ovelha adormecida

Me aquecer por fim desfalecer

Só em teus braços encontrar

Minha querida

A paz que vem de tantos mundos

Paralelos, assombrosos, escondidos!

Cabo Frio, 13/06/2014

Olympio Ramos

Olympio Ramos
Enviado por Olympio Ramos em 13/06/2014
Reeditado em 08/11/2015
Código do texto: T4843210
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