Verde, verde



Asas novamente  verdes
sobre os sulcos do rosto.
Jardineiro  de mim mesma,
no portal da noite
não tardar mais o ser
na hora crepuscular
em que o mais certo
é não ter vergonha de renascer.
Não permitir  mais a mudez
do sinos do coração.
Entre os campanários e os lamentos
escolho crescer.




(*) republicação, 2008
imagem: Super beautiful photos-fb