RASTROS PURISTAS

Estanhas cenas
em que luzes menstruadas escorriam
entre tentilhões e mitos
aurorais;
 
e a santa a dançar ali,
como o cisne de Tchaikovsky
padecendo por encantados
pombais.
 
Às noites, com hastes
selvagens, comiam-lhe a carne
em frêmitos orgasmos
canibais;
 
suja e deflorada,
soltavam-lhe às manhãs para que,
entre outras tremeluzências
iguais,
 
pudesse brilhar
novamente, em sublimes atuações,
com tuas máscaras
angelicais.


Péricles Alves de Oliveira
Péricles Alves de Oliveira (Thor Menkent)
Enviado por Péricles Alves de Oliveira (Thor Menkent) em 20/10/2014
Reeditado em 20/10/2014
Código do texto: T5005509
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