RASTROS PURISTAS
Estanhas cenas
em que luzes menstruadas escorriam
entre tentilhões e mitos
aurorais;
e a santa a dançar ali,
como o cisne de Tchaikovsky
padecendo por encantados
pombais.
Às noites, com hastes
selvagens, comiam-lhe a carne
em frêmitos orgasmos
canibais;
suja e deflorada,
soltavam-lhe às manhãs para que,
entre outras tremeluzências
iguais,
pudesse brilhar
novamente, em sublimes atuações,
com tuas máscaras
angelicais.
Péricles Alves de Oliveira