O Bigode
O Bigode voou, voou e pousou
no balcão de uma bodega qualquer
João - o dono - serviu-lhe uma dose e com ele confabulou
sobre bigodes nietzschianos e marxistas - e até uma mulher!
''Fugi de meu rosto pois o dono era abstêmio'' - lamuriou o Bigode
''E eu um alcoólatra apaixonado, como que fico sem molhar o bico?''
seu João sorriu e calçou o bigode novo-amarelado, que nunca
mais viveu sem estar molhado de prazer etílico.