Os deuses de carne e osso

Vala comum,

em mesmo fosso,

com as humanos,

desconcebidos

de algum direito

por sobre a terra,

reclamam reinos...

Os seus poderes,

que eram mitos,

morreram às gritas,

de alguns trovões...

Hoje a desdita

ralando a sola,

exige esmola,

dos seus tostões.

Jogo de bola,

dados lançados,

a sorte é gado,

de algum curral...

Aposentados,

os anjos guias,

grande avaria,

chove dos céus.

Nó de caroço...

A carne é osso!

E desdentado

deus do cartel!

ANA MARIA GAZZANEO
Enviado por ANA MARIA GAZZANEO em 23/10/2014
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