A Viagem do Nordeste

Num relógio qualquer

Na rodovia da central

Velejava sem muita fé

O busão para Natal

Na plataforma sete

Estava ele a esperar

Sua poltrona a vinte sete

O destino acenar

Eu vou com a benção

Do riso de esperança

Caneta de balança

Escreve mais uma dança

Sei o momento ideal

Para sentir a presença

Faço o assunto normal

Dos cinco anos de doença

Um terreno em construção

Uma história cheia de falhas

O povo na acomodação

Acreditando na televisão

Pura alienação

Futuro de automação