Capitulo morto

Eu já subi no alto da colina,

Pude ver como as águias voam livres,

E a vista de nossa terra era linda...

O vento que sussurra...

Desta vez não terei medo de cair,

Deixarei esse corpo velho e cansado,

Se destruir no chão La em baixo...

Há muito tempo venho lutando...

Houve uma época que matava demônios,

Outras que enfrentava a ganância e ódio...

Todas muitas difíceis...

Como um poeta,

Que escreve seus versos,

Ou um artista que pinta coisas lindas...

Agora eu vejo a beleza de tudo,

Quando estou no alto da colina,

Penso em todos que matei...

Em uma guerra que não era minha.

Versos e versos,

De um capitulo morto,

De um livro morto,

Lido por um herói morto...

Por muito tempo,

Tentei ver através das estrelas,

Contemplar seu brilho magnífico,

E poder apanhar algumas,

Para meus netos conhecer a audácia de seu avô...

Hoje vejo a noite escura se aproximar,

Sem estrelas...

Com ela os esquecidos caminham,

Fazer parte deste capítulo...

E para aqueles que são maus,

Há uma mulher que é a mais bela,

Mas só eu sei o que se esconde por traz da rosa...

Seu fim...

Ela se alimenta da sua maldade,

Levando você a lugares que nunca viu,

E nunca iria querer estar...

Eu digo,

Chame-a como quiser...

Mas sua função sempre é a mesma...

Então tento imaginar,

Uma vila melhor,

Onde poderemos ver o lindo céu da noite,

E contemplar nossos antepassados...

E para aqueles como eu...

Que queriam ser heróis,

Poder saber onde erramos...

Tentamos tudo,

Agora vejo,

Como a população é cega,

Meu avô ficaria triste em ver...

O alto da colina espera os mais fortes...

Poucos conseguiram,

Morreram ou desistiram.

Seu medo falou mais alto...

Meu avô um grande cavaleiro...

Disse para meu pai...

Cuidado com o sussurro em seu ouvido,

Pode ser um demônio...

Ou sua dama...

Honro minha família,

E farei tudo para manter a ordem,

Mesmos que custe minha vida...

Essas palavras vieram de meu avô...

Estamos sozinhos aqui...

Não há Deus...

Tentamos uma batalha no alto da colina,

Onde podemos ver o céu...

Mas o dia virou noite,

E fomos massacrados,

Tão perto, mas tão longe...

Eu morreria se fosse preciso...

Mas eu continuarei,

A tradição de minha família,

Tentar rasgar esse escuro,

E desbravar o mundo afora...

Neste lugar escuro,

Onde o povo não é protegido por Deus,

E sim por um fantasma que caminha com o escuro...

Seremos o contra...

É a cruz de minha família,

Que devo continuar...

Mesmo não acreditando...

Por inúmeras razões,

Deixo meu corpo cair...

Sem medo desta vez,

Não posso mais lutar...

Ninguém aqui tem olhos para a verdade,

Fico triste...

Meu avô morreu lutando com um grande demônio,

Meu pai com um monstro do escuro...

E eu morrerei,

Pela falta de vontade da vila...

Então vejo o chão se aproximando,

Fecho os olhos e peço desculpas para meus antepassados...

Deixo minha vida de dor e batalhas,

Acabar naquele chão que foi orgulho para esta vila.

Cristiano Siqueira 18/04/15

cristiano siqueira
Enviado por cristiano siqueira em 18/04/2015
Código do texto: T5211169
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