Poema em tela

Hoje,

Fiz um poema diferente,

Inusitado.

Não só para ser lido,

Mas, também,

Degustado!

Nesta manhã de agosto,

Ponho a mesa,

Enfeito de copos de leite,

Flores de paineiras

E ipês de meu

Sertão-cerrado.

O sol,

Querendo ser notado,

Teimoso, solta teus raios.

Entre uma nuvem e outra,

Em meio a um céu

Nublado.

Primeiro, no telhado,

Em seguida,

Alcansa minha janela de vidro

Espelhado.

Com teu brilho,

Coalhando minha mesa com estrelas

Em tons dourados.

Caprichoso, demora-se

Em meu poema fatiado!

E, diante de meus olhos encantados,

A mágica se faz: Meu poema

Havia se juntado!

Virou uma tela...

Com seu rosto desenhado!

naluz
Enviado por naluz em 27/08/2015
Reeditado em 31/07/2021
Código do texto: T5361025
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