AFIADORES DE SONHOS E DE FACAS

... antes,
por que ainda nos acreditávamos,
éramos donos de nossas
palavras

e, com elas,
forjávamos nossos desejos, nossas ilusões
e nossas demências,
querida.

Hoje,
após tantas chuvas e tempestades
que tivemos por entre
nossas dissimuladas
decências,

resta-nos,
sob os destroços esparramados para todo lado,
mais e mais cinzas e vazios
molhados.
Péricles Alves de Oliveira (Thor Menkent)
Enviado por Péricles Alves de Oliveira (Thor Menkent) em 26/11/2015
Reeditado em 26/11/2015
Código do texto: T5461831
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