Um trem se vai lentamente sem destino e tino.
De minha janela, sob luzes de estrelas mortas,
vejo, com olhos silenciosos,
 o trem minguar-se entre cheias de lua e crescentes brumas;
vejo mais nada...
 
Acordes de fumaças descarrilam o sossego da paisagem,
adormeço contra inquietações de mim no lá fora,
adormeço e esqueço
o trem engolido por pragas noturnas
desvinculando-se da Hora...
 
Nada mais vejo,
nada me acorda.
 
Ana Liss
Enviado por Ana Liss em 25/04/2016
Reeditado em 25/04/2016
Código do texto: T5615890
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