ERAM UMAS VEZES
... das mulheres
amadas,
das putas
extaticamente jantadas,
dos sóis,
dos rios e das praias
passadas,
das terras
com minha força
aradas,
dos céus
com minhas invisíveis asas
pervoados,
das noites
de verão tão lindamente
estreladas,
dos meles
das anjas que carregavam
luzes engarrafadas,
das mariposas
que pousavam nos vidros
de minha casa,
dos sonhos
que não continham
emboscadas,
da nuvem,
da demônia, daquele coração
puro que eu achava,
daquele
monte de letrinhas que,
à noite, brilhavam,
não me
restou absolutamente
nada!