Aquífero

Chove no asfalto,

na bolha do vidro,

no que fica para trás.

Chove na face do rosto,

no sorriso da menina,

no aconchego da nuvem.

Chove nos campos de cachoeira,

na metade da maçã,

no espasmo do açaizeiro.

Chove na poça da lama,

no pedaço do papel

e no verso inundado do poema.

Poema publicado também no Blog VERDADE EM ATITUDE (www.VERDADEmATITUDE.com.br).

Thiago Azevedo
Enviado por Thiago Azevedo em 07/03/2012
Código do texto: T3540123
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