Papel Ao Vento

E assim voa,

Voa na bruma da manhã,

Voa, voa no sossego.

E no corpo que voa no momento,

Entrega na beleza o tempo,

Voa, voa, na maravilha do mundo.

É um versar de amor,

Uma valsa dos cisnes em leves passos.

Ah... Há também o devaneio que embriaga

E penetra, não machuca, mas penetra.

É um versar de amor...

Que voa, voa no firmamento,

Abrindo o assobio do vento

E vai voando, voando...

Na polpa do tempo, no beijo carente,

Voando, voando na leveza,

Sem nenhum olhar decadente.

É um versar de amor,

Uma velha cantiga de infância,

É um papel ao vento, voando, voando, voando...

Rodrigo Arcadia
Enviado por Rodrigo Arcadia em 22/08/2012
Código do texto: T3843544
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