Prosa Poética n. 13

O DESBRAVADOR


Feito um explorador caminhando por local inexplorado - quase perdido em noite de escuridão e de silêncio - não queria perder-se no caminho, nas trevas e por entre as brumas.

Então tateava às cegas (meio sem roteiro, meio sem destino) magoando ligeiramente a quem lhe servia de mapa e rota.

Havia (de quando em quando) uns pequenos lamentos... uns protestos doces...som de ave assustada.

O suplício (que a busca impunha) ainda se resumia num lento sondar, e na demarcação de território não em quadras, braças. metros, passos, léguas, mas apenas num torturante centímetro a centímetro - pelo tato nas texturas.

E o olhar?

Ah! Esse permanecia bem fechado, em sinal de reverência ao ritual do descobrimento em tão boa terra...

Silvia Regina Costa lima
02 de outubro de 2008

SILVIA REGINA COSTA LIMA
Enviado por SILVIA REGINA COSTA LIMA em 29/10/2008
Reeditado em 04/08/2012
Código do texto: T1255285
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