COMO CANSA!


Cansa... cansa dar murro em ponta de faca e ainda ter que explicar de quem era a faca, como a pegou e por que fez aquio. 
Também cansa ser continuamente espetada pelo tridente do "demônio" . Morris West tinha razão...
Cansa-me ainda ter que padecer pela não-submissão, por minha sinceridade, pela declaração de minhas opiniões e vontades, pela minha credulidade. Cansam-me a coerência e a lealdade. As minhas.
Pra que servem essses valores hoje em dia?
Os tempos são outros!
Burra eu que ainda acho que, espero que, pondero que...
Cansa ser inteira todo o tempo.

Cada qual com seus botões, fardos, brechas, mentiras e eu... eu que me dane!
Há os que se encarregam de pôr e dispor a nossa vida... aqueles que gostam de puxar ainda mais abaixo os que já estão caídos.
O prazer de derrotar, de mostrar indiferença, descaso... Ou ares de  superioridade. Coisa mais besta tudo isso!

O amor, que escoa, sorrateiramente, com promessas de quem sabe..., ou que estanca de repente sem que se saiba por quê.
Imprecisão. Cansaço.

Por isso é que às vezes penso em fechar o meu Littera-Bar neste espaço.
Os drinques estão na bandeja mas poucos bebem ou brindam...

Essas constatações pousam como borboletas sobre mim.
E depois rodopiam, rodopiam ...
Zonzeio, encolho-me.


foto: FlickR

KATHLEEN LESSA
Enviado por KATHLEEN LESSA em 19/11/2009
Reeditado em 18/02/2010
Código do texto: T1931773
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