DÊ-ME OS MISTÉRIOS DE SEU OLHAR, CORUJA

Você é um pássaro de sorriso noturno, luz da lua, taciturno, com seus habilidosos e curiosos olhos amarelos. Quando você pousa na árvore, detrás de seu canto lamentoso, está escondida sua capacidade de compreender o anoitecer humano.

Ensine-me seu segredo, coruja, para aproveitar a vibração de suas asas na procura do alimento: puro néctar da palavra.

Quando a justiça lhe clama para uma observação rigorosa, você está ali, ainda que não tenha em suas garras a balança dos advogados. Mas sobre a guerra, valentia e lucidez você conhece muito bem, pois assim aprendeu sendo fiel companheira e conselheira nos ombros de Atena.

Durante o dia, somos tontos os que acreditamos que você dorme. Doce engano. Sua consciência e suas capacidades intuitivas jamais se detêm. Nunca deixa de observar o movimento estático da humanidade dentro da velocidade do relógio.

Se a sabedoria entrega aos mistérios de seus olhos o símbolo para a filosofia, me dê eles também, pois assim como disse Hegel, seguiremos sendo pássaros que levantaremos voo em cada entardecer.

DÁME LOS MISTERIOS DE TU MIRAR, BÚHO

Eres un pájaro de sonrisa nocturna, luz de la luna, taciturno, con sus habilosos y curiosos ojos amarillos. Cuando tú posas en el árbol, detrás de tu canto lamentoso, está escondida tu capacidad de comprender el anochecer humano.

Enséñame tu secreto, búho, para aprovechar el vibrar de tus alas en la búsqueda del alimento: puro néctar de la palabra.

Cuando la justicia te clama para una observación rigorosa, allí estás tú, aunque no tengas en tus garras la balanza de los abogados. Pero acerca de la guerra, valentía y lucidez lo conoces muy bien, pues así lo aprendió siendo fiel compañero y consejero en los hombros de Atenea.

Durante el día, tontos somos los que creemos que estás dormido. Dulce engaño. Tu consciencia y tus capacidades intuitivas jamás se detienen. Nunca dejas de observar el movimiento estático de la humanidad dentro de la velocidad del reloj.

Si la sabiduría entrega a los misterios de tus ojos el símbolo para la filosofía, dámelos también, pues así como dijo Hegel, seguiremos siendo pájaros que alzarán su vuelo en cada atardecer.

Nota: O texto original foi escrito primeiro no espanhol para um exercício literário.

Millarray
Enviado por Millarray em 05/09/2011
Reeditado em 05/09/2011
Código do texto: T3202013
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