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real visita

 
O dia me despertou trazendo em si um cheiro suave e diferente. 
 
Um cheiro de outras instâncias, quiçá vividas, ou por viver, que leva  a alma a exaltar-se, na sua expectativa.
 
Não era o mesmo dia de sempre.
 
Frio numa época em que deveria estar, pelo menos morno, embaçado quando deveria brilhar e, magistralmente repleto do canto das aves que deveriam estar agasalhadas. 
 
Não entendia o mistério que passeava por detrás de tudo aquilo.
 
Assustada, ante tamanha incógnita, busquei refúgio em Deus, através do pensamento e a Ele me entreguei para aquilo que talvez se aproximasse.
 
Não notei de pronto, mas aos pouquinhos fui percebendo aquela sensação de paz que me alcançava como o cântico da Ave Maria que se derrama pelas florestas inda que tangida na grande cidade. 
 
Uma paz tão palpável que pude segurá-la por momentos, fitá-la dentro dos seus olhos e dizer-lhe: obrigada por estar aqui! 
 
Era eu e eu mesma...
 
Simples como o semear do pólen ao longo das estradas pelos livres pássaros, e triste como o canto daqueles que não puderam semear por estarem cativos.
 
Brilhando qual o ouro da coroa do Rei, era ela, a própria coroa do Rei!
 
soninha

 
Sônia Maria Cidreira de Farias
Enviado por Sônia Maria Cidreira de Farias em 04/11/2011
Reeditado em 04/11/2011
Código do texto: T3316804
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