MALDITO BAND-AID! (EC)
 
 
Ando por aí sem rumo...
Sem eira nem beira, sem radar.
Metade de mim,
Tentando encontrar a metade que me falta!
É como um elo perdido
Desfeito
Escondido
Sondando o infinito
Retendo seu grito
Que a tristeza exalta.
Passos trôpegos na areia
Adorando a lua cheia
Como um lobo solitário.
A viagem é incerta...
O sapato aperta
Nesse meu calvário.
Faço uma pausa
Buscando a causa
Dessa dor de amargar.
De encontrá-la, hei de...
Ah, esse maldito band-aid,
Incômodo, suado
Descolando, desajeitado
Em meu calcanhar!
 

 
(Milla Pereira)


Este texto faz parte do
Exercício Criativo

... E O BAND-AID NO CALCANHAR
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Recebendo, com muito prazer,
o amigo poeta Edson G. Ferreira,
que veio matar minhas saudades.

 

25/05/2012 13:04 - edson gonçalves ferreira
 
 
BAND-AID

 
De: Edson Gonçalves Ferreira
Para: Milla Pereira
 
Quero ser um band-aid
Para ficar quietinho, quietinho
Nos pés de mulher linda
Como se fosse um colarzinho
Ai, como eu gostaria.
Dali, eu contemplaria
Tudo o que a minha vista alcançasse
E só o céu, eu teria, ai, como teria,
Da visão estelar, testemunha.
 
Abraço, Edson
 
Divinópolis, 25.05.2012