Esperava que fosse diluída

Os dados evidenciam que a chuva continuará.

É certo que depois que molhou-se a rua e viu-se pessoas correndo desesperadas, outras sorrindo e pulando, as decisões ficaram mais claras.

Não repudio o sol e o bem "danado" que ele faz em minha vida, mas necessitei de ver águas rolarem para abster de coisas que não mais me faziam bem. Quase sempre a felicidade te encontra e desencontra, e você se perde tanto quanto a certeza de nunca entender.

Mas não é preciso, digo, que entenda. Desencontros são necessários, já perdi de mim várias vezes, e pude me encontrar de formas várias. No entanto, nunca me encontrei completa, diga-se de passagem, pois já cheguei ao ponto de transbordar. A dificuldade maior está em concentrar-se em equilíbrio - disso eu não esquecerei, nunca estudei tanto sobre homeostase - permanecer é mais difícil que começar. Tem gente que vive começando e nunca termina, já vi quem terminasse sem antes começar. São desconfortos, assim como meus arranjos textuais.

Mas, quanto a chuva, vai haver ainda muita decisão de águas. É preciso, pelo menos uma vez na vida permitir molhar-se, afundar é pegar impulso. Tentar é de graça.

Viver não é esperar que venha o sol ou um arco-íris, é aprender com a naturalidade das coisas. Eu disse, mas ainda não há testemunhas.

Evelyn Dias
Enviado por Evelyn Dias em 10/11/2012
Código do texto: T3979284
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