Era Ontem

Já é coisa sem controle do corpo. A alma parece que sai correndo para te abraçar. Só o tempo do corpo caminhar até o aconchego do teu colo.

Nossos corpos se encontram em tom de paz nos primeiros segundos. Depois, um calor, como se fosse verão, une os nossos poros e a gente respira junto, para depois suspirar. A coisa mais deliciosamente estranha que me acontece quando te vejo. Eu me perco e me acho. No mundo, da vida, de nós.

Era ontem. E nosso abraço tem gosto de amanhã. O dia que sempre espero para perder, outra vez, o controle da alma. Do corpo. De mim.