A Minha História

De Maria Ideusuite, e Raimundo Cavalcante,

No Seringal Mato Grosso, o casal era habitante,

Nascia uma criancinha, naquele lugar distante.

Essa criança era eu, o Gedeão Cavalcante,

Cresci como outros meninos, sem nada de importante,

Amante da natureza e, do mundo fascinante.

Naquele tempo, meu pai, era simples caçador,

Trabalhava na lavoura, por ser um agricultor,

Caçando pra levar carne, e vender ao seu valor.

Passados já muitos anos, fomos para redenção,

Seringal muito bonito, morava no barracão,

Depois meu pai foi abrir, já outra colocação.

O nome colocação, hoje é comunidade,

Guarda-livros, é contador, dada a personalidade,

Mas, tudo mudou de nome, com muita facilidade.

E, eu, por ser muito ágil, a minha parte eu fazia,

Logo aprendi fazer coisas, parece até que sabia,

Que ia morar distante, da vida que ali vivia.

Meu velho pai que caçava, era também pescador,

Com vários equipamentos, era sempre o meu senhor,

Eu sempre estava com ele, Por ser um trabalhador.

Dinheiro daquele tempo, era somente a borracha,

O ouro preto, chamado, todos queriam uma taxa,

Outros produtos vendidos, a produção era baixa.

Os seringueiros melhores, mandavam até no patrão,

Fazendo muita borracha, durante todo o verão,

O saldo que eles tiravam, gastavam no barracão.

Bebendo e comendo bem, sem se importar com mais nada,

Só em maio iam pro centro, para roçar a estrada,

Os utensílios na casa, ninguém não mexia em nada.

Grandes apostas eram feitas, prêmios eram colocados,

Calças de Naycron, Espingardas, Relógio valorizados,

E, pra fazer mais borracha, seringueiros empenhados.

Naquela época meu pai, também era contador,

Conhecido Guarda Livros, trabalhou pro meu avô,

Ganhando pouco dinheiro, a família sustentou.

Vivia com meus irmãos; Raimundo, Carlos e Marisa,

Marluce, Socorro e Fátima, lindas igualmente a brisa,

Manoel e Terezinha, que recordar não precisa.

Ainda tinha a Marli, e a Marície, que morreu,

O Tomaz, que em criança, esse também faleceu,

E, completando a família, o Papai, mamãe e eu.

Veja como era difícil, a família sustentar,

Quando tinha muita carne, vinha a farinha a faltar,

Faltava roupa e calçados, e o remédio pra curar.

Aparecia doenças, que nem médicos conhecia,

O sarampo e a malária, família inteira abatia.

Com gripe e febre amarela, muita gente falecia.

Eu mesmo sou um milagre, ou dele o que me restou,

Paralisia Infantil, pelas tantas, me pegou,

Sou quase cego e sou surdo, o que muito me custou.

Fiquei bom graças a Deus, mas, fiquei com a sequela,

Peguei caxumba e sarampo, colite e febre amarela,

Fui feliz, não sei porque, consegui escapar dela.

Minha família foi vítima, das mazelas que sofria,

Quando escapava de uma, outra lhe aparecia,

Sem remissão, sem remédio, não sei como não morria.

Acho que naquele tempo, Deus para a terra espiava,

E, quando a gente sofria, ele sempre auxiliava,

Por haver pessoa honesta, que em Deus acreditava.

Cada vez que adoeci, tive sempre um braço forte,

A minha mamãe querida, não me entregava pra morte,

A força do seu amor, livrava e dava mais sorte.

Com muitas dificuldades, que só sabe quem viveu,

Aquela época era dura, pior coisa aconteceu,

Eu saí de casa e fui, viver o destino meu.

Com apenas 12 anos, pelo mundo eu me mandei,

Nem pensava em meu futuro, muito e muito trabalhei,

Mas, sem ter onde viver, eu nem sequer estudei.

Fui para Tarauacá, vindo lá do interior,

A grande sociedade, não gosta de agricultor,

Só come o que ele produz, mas, não lhe dá seu valor.

Eu tinha um tal de cunhado, chamado de Edgar,

Que tinha muitas mulheres, e vivia a viajar,

Conhecia os ribeirinhos, do Rio Tarauacá.

Disse para mim, um dia, vá comer na minha casa,

Desde o café ao jantar, minha casa é sua casa,

Pensei comigo, é agora, que minha fome se arrasa.

Eu chegando fui chamado, pra primeira refeição,

Uma cozinha bem grande, e o lugar da refeição,

Era caldo, prato e carnes, espalhados pelo chão.

Muitas redes e mosquiteiros, espalhados por igual,

A comida era insossa, não tinha óleo nem sal,

Ele disse; é sempre assim, este é o meu ideal.

Tenho aqui muitos doentes, e velhos sem remissão,

É difícil se fazer, pra cada uma refeição,

Pois eles tão de dietas, para sua salvação.

Se faz a comida insossa, sem óleo, sem sal, sem nada,

Na hora de se comer, ela não está ´preparada,

Mas, tendo o óleo e o sal, para nós não falta nada.

Aqui tem velhos doentes, e, todos sem remissão,

Estando na minha casa, eles tem a refeição,

Mas, cada um a seu modo, não dá a preparação.

A comida é sempre igual, não é bom mas, é fartura,

Os meus amigos doentes, eu abraço com ternura,

Pois sei que assim como eles, também vou pra sepultura.

Ele mesmo se agachou, ali junto da panela,

Pois dois pedaços de carne, jogou óleo encima dela,

Disse; com farinha e óleo, passa bem pela goela.

Agradeci a comida, e fui cumprir minha sina,

Ele me deu um trabalho, pra carregar gasolina,

Que na época, vinha em latas, pra ser guardada em cantina.

Terminado o meu trabalho, ali, não quis mais voltar,

Fiquei na minha miséria, sem ter onde trabalhar,

Fui fazer uma viagem, com um irmão do Edgar.

Era um senhor muito sério, João Chicó, se chamava,

Que me arrumou serviço, quando eu menos esperava,

Indo pra Eirunepé, em transporte viajava.

Já na primeira viagem, minha vida melhorou,

Chegando em Eirunepé, o sujeito me pagou,

Uma soma de dinheiro, que quase me assustou.

Foi vinte e cinco cruzeiros, que disse que me devia,

Por cada viagem nossa, falou que eu merecia,

Pra mim era coisa nova, e o que mais eu queria.

Fizemos outra viagem, eu já tinha meu conforto,

Comprava peixe salgado, depois vendia no porto,

Era um negócio da china, já vi que não estava morto.

Depois de muito pensar, resolvi ser empreiteiro,

Fui para uma fazenda, com outro meu companheiro,

Fomos trabalhar no campo, ganhando nosso dinheiro.

Nesta fazenda encontrei, coisa boa e coisa mau,

A fazenda pertencia, ao Sr. Altevir Leal,

Que eleito senador, foi morar na capital.

Era um senhor muito rico, do que tinha não sabia,

Batelões, Lanchas, Navios, tudo a ele pertencia,

Muitos seringais e terra, esse senhor possuía.

Trabalhei por algum tempo, depois virei professor,

Fui lecionar o Mobral, na casa de um outro senhor,

Era o Juarez Meleiro, esse que me agasalhou.

Lecionei por quatro anos, sendo eu menor de idade,

Nesse tempo as leis só viam, a sua necessidade,

Só quem sabia, votava, na nossa sociedade.

Sabendo ler um pouquinho, era o bastante saber,

Eu aumentei a idade, para um título merecer,

Fui visto com outros olhos, pelos homens do poder.

Depois abandonei tudo, e parei de lecionar,

Deixei a minha morada e, fui pra outro lugar,

E o dinheiro que eu ganhava, nas farras ia gastar.

Fui morar lá em Atenas, perto de Tamandaré,

Morava com a minha irmã, uma bonita mulher,

Depois fui para o Jardim, pertinho de Sumaré.

Dai, fomos pra Olinda, lugar bom de se morar,

Toda beleza do mundo, foi para aquele lugar,

Até hoje ainda sinto, vontade de lá voltar.

Assim, passando os lugares, fui parar em Alagoas,

Lugar de muitos trabalhos, também de muitas pessoas,

Apesar de tudo era, de amizades bem boas.

Eu fui pra cortar seringa, mas, como eu tinha saber,

O patrão me colocou, num balcão, pra atender,

Depois eu fui ser noteiro, ganhando para viver.

Conheci todos fregueses, nesse cargo de noteiro,

Fiz amizades com eles, passei a ser comboeiro,

Pelos ramais conhecia, do seringal o roteiro.

Fui ganhando confiança, fui morar no barracão,

O gerente, meu amigo, no lugar do meu patrão,

Que era bem conhecido, de nome Ribamar Cão.

Nesse tempo eu conheci, a mãe de um filho meu,

Era a nossa professora, me paquerar resolveu,

E poucos tempos depois, nosso filhinho nasceu.

Eu fui para o Nazaré, trabalhar de contador,

Eu sendo gerente fui, agradar ao meu senhor,

Dai ela foi embora, mas, o filho, me deixou.

A mãe dela me pediu, pra deixar o filho meu,

Porque não suportaria, se afastar do neto seu,

Ninguém pensou no meu peito, o golpe que recebeu.

Porém, solteiro e sozinho, o que eu ia fazer,

Tinha um filho pra criar, mas, ele iria sofrer,

Com o filho eu não podia, nem buscar o que comer.

Sofrendo por tudo isso, deixei meu filho com ela

A vontade era de ir, esganar sua goela,

Mas, tinha que respeitar, a grande vontade dela.

Me ajuntei novamente, com uma moça que tinha,

Lá onde eu era gerente, era bastante novinha,

E para morar comigo, com pouco tempo ela vinha.

Passamos um tempo juntos, mais um filhinho nasceu,

Minha alegria foi tanta, pelo que aconteceu,

Mas, poucos tempos depois, a mãe dele faleceu.

Ai, a coisa foi triste, pois eu sozinho fiquei,

Antes eu era o gerente, do seringal me afastei,

Com meu filhinho nos braços, outro caminho tomei.

Em casa onde eu vivi, jamais podia ficar,

Vivendo sem companhia, é muito triste lembrar,

Nem mesmo a nossa comida, não podia procurar.

Só com um ano de vida, meu filho só se arrastava,

Quando ficava de pé, na parede segurava,

Quando eu ia pegar água, nos meus braços o levava.

Foi ai que resolvi, arrasar meu coração,

Dei meu filho a minha mãe, por não ter mais condição,

De ficar juntinho d’ele, pra minha consolação.

Porque a morte não vem, quando se precisa dela?

Porque se eu tivesse morto, iria junto com ela,

E o meu grande sofrimento, eu trocaria com ela.

Mas, a morte tem seu dia, e a gente a nossa hora,

Logo depois desse dia, eu resolvi ir embora,

Se eu tivesse morrido, não tinha o que tenho agora.

Fui morar no Rio Tejo, distante do meu rincão,

No ano de 82, eu tive a ocasião,

De outra vez me casar, e, esquecer a solidão.

Desse novo casamento, três filhos nossos nasceu,

Tivemos felicidades, mas, o céu escureceu,

Seis anos de bom amor, em um dia se perdeu.

Ao separarmos, voltei, de novo a viver sozinho,

A filha com quatro anos, dois anos, o meu filhinho,

Precisando trabalhar, sem rumo, no meu caminho.

Depois de vagar seis anos, com meus filhos ao meu lado,

Segui um outro caminho, tentei viver sossegado,

Arranjei uma mulher, com quem hoje sou casado.

É um Anjo, a minha prenda, em formato de mulher,

Ajudou criar meus filhos, com amor e muita fé,

Devo a ela a minha vida, hoje não sou um qualquer.

É paciente e sincera, não me deixa andar errado,

Até em horas difíceis, ela está sempre ao meu lado,

Hoje eu agradeço a Deus, por, ter a ela encontrado.

Não tive oportunidades, não consegui estudar,

Mas, aprendi muitas coisas, ler, escrever e contar,

E, como era inteligente, menino, fui trabalhar.

No tempo que eu era moço, sempre vivia a cantar,

As músicas da gauchada, quando eu podia arranjar,

No Rádio, de madrugada, antes do pai levantar.

Teixeirinha e Gildo Freitas, me dedicava a cantar,

Ficava horas e horas, quando eu podia escutar,

Queria ter esses discos, mas, não podia comprar.

Tinha um senhor, regatão, que se chamava Edgar,

Ele tinha uma Eletrola, Deixava o disco rodar,

Deixava com minha irmã, quando ia trabalhar.

Era um sonho realizado, quando eu ficava sozinho,

Quando as pilhas estavam boas, eu ouvia com carinho,

Depois quando ia as festas, eu cantava direitinho.

O maior doce dos sonhos; conhecer Teixeirinha,

Vê-lo cantar com a Mary, essa esperança eu tinha,

Ter os disco e uma eletrola, poder chama-la de minha.

No ano setenta e cinco, ele voltava a Rio Branco,

Cantou no Aeroporto, Com aquele sorriso franco,

Trouxe e cantou a modinha, do Título, Adeus Rio Branco.

Naquele dia em Rio Branco, se esperava o cantor,

Que vinha cantar na posse, do novo governador,

Deixaram tudo e seguiram, pra receber o cantor.

E, foi muito interessante, na hora em que ele chegou,

Pois até mesmo o Palácio, esse povo abandonou,

Carros, motos em passeata, pro aeroporto rumou.

Em um avião pequeno, um DC-3, bi-motor,

Havendo gente demais, a guarnição alertou;

Fiquem dentro do avião, que o povo se aglomerou.

O Teixeirinha e a Mary, ficaram no avião,

Esperando a segurança, controlar a situação,

E, logo que eles saíram, já cantaram uma canção.

A musica Abre a Sanfona, foi a primeira de três,

Ver e ouvi-lo cantar, aquela foi minha vez,

Rainha e Rei da emoção, cantando ali, pra vocês.

Cada dia que passava, era a minha inspiração,

E, poucos tempos depois, escrevi uma canção,

Dai foi ficando fácil, praticar essa emoção..

Eu, mesmo não tendo estudo, muita coisa eu aprendi,

Além de cortar seringa, velha vida em que vivi,

Fui contador, ”guarda livros” ainda sendo guri.

Da vida se seringueiro, só resta mesmo a lembrança,

De outras coisas que fiz, só a pobreza me cansa,

Mas, de recordar meus feitos, inda me resta esperança.

Já morando em Thaumaturgo, depois de Restauração,

Fui nomeado Oficial, daquela Jurisdição,

Saindo, fui trabalhar, no setor de Educação.

Eu fiz algo diferente, quando era Oficial,

A maior parte do tempo, passava no seringal,

Tentando fazer Registro, de todo esse pessoal.

Entrando no Rio Tejo, fui para Restauração,

Registrei muitas pessoas, tive essa satisfação,

Fazendo Registro e Títulos, para a próxima eleição.

Subi o Rio Juruá, junto com um Promotor,

Eu era o Oficial, com muito orgulho e amor,

Da Vila à Foz do Rio Breu, nossa visita marcou.

Exonerado do posto, fui trabalhar na saúde,

Já tinha feitos alguns cursos, por essa razão eu pude,

Mas, era bastante triste, pois esse trabalho ilude.

De passo em passo, cheguei, diversas ocasiões,

Pensar que eu poderia, disputar as eleições,

Mas, nunca quis ser contrário, ao querer de meus chefões.

Me tornei muito querido, desta parte da nação,

O respeito das pessoas, foi minha dedicação,

Assim, em 2004, disputei uma eleição.

Eleito vereador, pensava ser uma glória,

A emoção foi bem grande, quando vi minha vitória,

Depois vi ser diferente, quando se vive a história.

Ao deixar de ser político, voltei para a vida minha,

Fui trabalhar de protético, morava lá na pracinha,

Mas, muita gente invejava, aquela vida que eu tinha.

Adquiri uma terra, do governo Federal,

Um lote de assentamento, aqui no mesmo local,

As terras que antes eram, pertencentes ao seringal.

Ao Sr. José Pereira, o seringal pertencia,

O Estado compra as terras, e o Incra repartia,

E, com muito sacrifício, um lote eu conseguiria.

Consegui com muita luta, pois naquela ocasião,

Eu era funcionário, na administração,

Sai do Estado e fui, trabalhar na Educação.

Eleições 2007, outro prefeito ganhava,

Randson Almeida, eleito, ali já me afastava,

Eu fiquei sem meu trabalho, o que jamais desejava.

Dois anos depois daquilo, o prefeito foi cassado,

Depois de muitos processos, o mesmo foi condenado,

Um rei cheio de orgulho, agora ali, algemado...

Dai, o vice, assumia, a cadeira de prefeito,

Prometendo ajeitar tudo, bem antes do outro pleito,

Cada vez piorou mais, ficando tudo sem jeito.

De tudo o que prometeu, indicava a sua fama,

Dizendo está recebendo, as ruas cheias grama,

Foi pior, deixou as ruas, todas cobertas de lama.

Em tempo das eleições, ele por muito tentou,

Deu emprego a muita gente, mas, de nada adiantou,

Inda hoje se envergonha, da surra que ele levou.

Transcorrida as eleições, a coisa foi pra valer,

O povo votou em massa, no candidato PT,

Foi quase oitenta por cento, pro candidato vencer.

Eu afastei-me um pouquinho, da minha história real,

Porque queria falar, de quem queria o meu mau,

Quem ditava as ordens hoje, num instante se deu mau.

Eu continuo vivendo, no meu viver sossegado,

Porém desta prefeitura, eu continuo afastado,

Mas, achei até que bom, pois vivo mais descansado.

Hoje os trabalhos, em casa, é a melhor solução,

A esperança que eu tinha, foram todas pelo chão,

Esse mandato de agora, é grande a decepção.

A prefeitura hoje em dia, está cheia de chefões,

Lá, a gente é maltratado, acho exagerações,

Se compara a uma carniça, rodeada de leões.

Mas, isto já não importa, eu já tenho o meu escudo,

Trabalhei, cumpri a sina, e, agora, perdi tudo,

Nem mesmo aquele trabalho, sou igual a um cego e mudo.

Minhas razões são banais, ninguém vai querer me ouvir,

Faz parte da minha história, por isso é que escrevi,

Até mesmo os meus amigos, nem sequer vem mais aqui.

A gente vale o que tem, ou mesmo aquilo que é,

Quando não se tem dinheiro, não vale nem um café,

Sem açúcar, fraco e frio, bebido numa cuité.

Esse é o preço de quem, se recusa a vir roubar,

Ou recostar-se ao um muro, para seu saco puxar,

Até seus filhos, na escola, fica difícil estudar.

As escolas são entregues, para as feras sanguinária,

Puxa-saco do prefeito, ou mesmo da secretária,

Que a língua corta as pessoas, pior que bico de arara.

Os filhos de puxa-saco, de maior são empregados,

Menores podem mexer, com quem tiver ao seu lado,

Vão sempre encontrar razão, e os atos justificados.

Os filhos de quem não puxa, é igual pingo de cola,

Aonde bota o pezinho, tudo ao redor se enrola,

Se quiser ir ao banheiro, é expulso da escola.

Eu contei para vocês, quase toda minha história,

Muitas coisas esqueci, por não ter boa memória,

Ao depois de ficar velho, quero ter paz e não glória.

Gedeão Cavalcante
Enviado por Gedeão Cavalcante em 31/12/2013
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