Óh alma de minh'alma, só não te esqueças...
Óh alma de minh’alma, não escarneças sob a pele. A pele que te envolves na beleza e que a lembrança enegrece.
Não te olvides da conversa de sublime natureza, que no inconsciente do hoje, então, entorpece.
Meus gritos mais exatos reverberam em teu subjetivo, no anseio de reencontrarmo-nos sãos e amenos.
Encontras-me, pois, pelos olhos saudosos de onde jorram lágrimas de amarguras e jubilosas reminiscências, e digas, se ao ver-me livre de meu lamentável antes, não te darias alguma coragem de fazer-nos um deleitante depois?
Ah, não te esqueças de quem fraqueja no entardecer, quem suplica à esperança no renascer.
Perdoas a pequenez de outrora e não te revoltes pela possível incerteza. Porém, sei que de entrelaçados caminhos há pontos de plena convergência.
Bendito e mofino este esquecimento, que por misericórdia causa-me medo e encanto. Mas arrojo minhas rezas ao relento, quem sabes não te acalentam um tanto?
Óh minh’alma doce, cândida e quase intangível, encontrar-te-ia para dizer tão somente que... não te esqueças, por gentileza, de quem tanto te lembra.