Óh alma de minh'alma, só não te esqueças...

Óh alma de minh’alma, não escarneças sob a pele. A pele que te envolves na beleza e que a lembrança enegrece.

Não te olvides da conversa de sublime natureza, que no inconsciente do hoje, então, entorpece.

Meus gritos mais exatos reverberam em teu subjetivo, no anseio de reencontrarmo-nos sãos e amenos.

Encontras-me, pois, pelos olhos saudosos de onde jorram lágrimas de amarguras e jubilosas reminiscências, e digas, se ao ver-me livre de meu lamentável antes, não te darias alguma coragem de fazer-nos um deleitante depois?

Ah, não te esqueças de quem fraqueja no entardecer, quem suplica à esperança no renascer.

Perdoas a pequenez de outrora e não te revoltes pela possível incerteza. Porém, sei que de entrelaçados caminhos há pontos de plena convergência.

Bendito e mofino este esquecimento, que por misericórdia causa-me medo e encanto. Mas arrojo minhas rezas ao relento, quem sabes não te acalentam um tanto?

Óh minh’alma doce, cândida e quase intangível, encontrar-te-ia para dizer tão somente que... não te esqueças, por gentileza, de quem tanto te lembra.

Juliana Pereira
Enviado por Juliana Pereira em 09/01/2014
Código do texto: T4643445
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