Essa vida sem gosto, ou a castidade no horizonte

Agora é hora de mais um texto escrito sem nem mesmo desespero, e nem tristeza, apenas indiferença. Talvez esse seja o grande leite do diabo, indiferença. O sol explodiu,as vacas caíram, um famoso deu escândalo, indiferença. A vida simplesmente não tem sentido, bem ou mal tudo é caído e apertado. A vida esta lacrada. Todos os sentimentos num esgoto represado, desgosto, como,desfeita, desvida, desce, drones.Somos como guerras disputadas por máquinas, muito barulho e destruição por nada, nada, nadinha, coitados que cantam. Corre, corre filho da puta corre, não importa pra onde, apenas corra, acorde, levante, saia dessa cama, coma pedaços de algodão com gosto de queimado, coma comidas sem gosto, coma transas desfiguradas já de início, a vida apenas um grande e amplo pau mole. Meleque-se, não não, queremos só a vida de luz branca, a vida de hospital, a vida sem sentido, a vida de uma orgia feita por castos anjinhos. Jorro-me, sem palavras, sem perdas, sem pulso, nem mesmo um mero pum sobrou disso tudo. Agora só a merda, essa mesma entalada na garganta, ladrando coisas estranhas, sim o sujeito afogado pela merda gosta de ladrar coisas, e nas paredes respingam. Tudo já se foi, a vida se esgotou, gomas, come, cai-se.

Corri-me