CHUVA NA VIDRAÇA

Tarde morna de domingo,
chuva a cair, lenta, mansa,
escorrendo na vidraça.

Eu entretida ouvindo a chuva
olhos perdidos no todo,
no vago, no vácuo,
dessa tarde de domingo...

...Lembrei-me de outras tardes
outros tempos, outras chuvas
que teimavam em cair
molhando a vida,
escorrendo por vidraças
que ficaram lá atrás,
perdidas nas lembranças...

Tantas recordações!

Nesse emaranhado,
envolví-me...
doces  alegrias da infância
- período cheio de magia -
risos cristalinos
ainda posso ouví-los!

Depois, a juventude,
plena,  insaciável, tantos amores!
Uns inesquecíveis,
outros, apagados pelo tempo...

Quanto viver de lá para cá,
a vida seguindo!

Voltei a ouvir a chuva,
esquecendo as  reminiscências...

e despertei do devaneio,
enquanto a chuva continuava cair,
lenta, mansa,
escorrendo na vidraça!


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Interação do amigo Aleixenko:

CHUVA NA VIDRAÇA

O velho todo cheio de pileque
E  saudosamente a velha ranzinza
Como nos tempos de dois moleques
Vão ao borralho e sopram a cinza

O menino ouvindo a chuva na vidraça
Pachorrentamente dentro de casa
Em boa hora e lugar de fazer pirraça
Vai lá à fornalha esparrama a brasa

E eu estando aqui só para interagir
Meti a caneta sem dó nem piedade
Quando carecia tugir e não mugir
Garatujei esta série de imbecilidade

                           - Aleixenko -

               















 
Simplesmente Romântica
Enviado por Simplesmente Romântica em 20/04/2015
Reeditado em 29/04/2015
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