Sonhos feitos de brisa...
Presa a um cordel se solta ao vento.
Atados à fina seda de cores quentes leva consigo historias de aventuras, papos estrambólicos, sonhos ingênuos.
Garbosa, plana contra a brisa. 
Explora horizontes, dá asas à imaginação, liberta sonhos aprisionados num céu azul de primavera.

De repente..., um vento mais forte... a pipa rodopia no seu abraço. Cai.
O encanto vira fumaça, a realidade crua, nua se mostra.
Alma repleta de enleio se dá conta de que os voos que traçara não foram mais do que desenganos. Apenas sonhos feitos de brisa que ela pintara com as cores das ilusões.
Era hora de se desfazer de quimeras. Sem sofrer, sem chorar, fincar o pé no chão e fingir que se contentava com as veras que tinha.
Aquela manha de outono tendia mais a tardes tediosas de domingo à noites agradáveis de sexta. 


(*) Imagem: Google
Marisa Costa
Enviado por Marisa Costa em 21/06/2015
Reeditado em 21/06/2015
Código do texto: T5284677
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