Pecado

Mãos fortes o levantaram.

Parecia estar envolto por uma lama turva e pegajosa.

Sem aquelas mãos, sufocaria com o piche viscoso.

Já chegava ao pescoço.

Em meio à dor e agonia, sentiu o corpo leve, como se flutuasse.

Os olhos escureceram! Tal qual um cego, nada viu, apenas sentiu.

Carregado suavemente para uma rocha,

as mãos cintilantes o livrou daquele visco pegajoso,

que mantinha seu corpo pesado, como se tivesse vida própria.

As mãos se foram.

Tinha a face cansada, a alma ferida e castigada!

Sentia-se fraco e perdido!

Inanimado, adormeceu.

Sete dias se passaram.

Visivelmente recuperado, aproximou-se de onde fora salvo.

Lembrava de já tê-lo visto. Ficou impressionado!

Tamanha era a beleza daquele lago!

Não resistiu e pulou.

Geovani Rodrigues
Enviado por Geovani Rodrigues em 01/09/2015
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