Pecado
Mãos fortes o levantaram.
Parecia estar envolto por uma lama turva e pegajosa.
Sem aquelas mãos, sufocaria com o piche viscoso.
Já chegava ao pescoço.
Em meio à dor e agonia, sentiu o corpo leve, como se flutuasse.
Os olhos escureceram! Tal qual um cego, nada viu, apenas sentiu.
Carregado suavemente para uma rocha,
as mãos cintilantes o livrou daquele visco pegajoso,
que mantinha seu corpo pesado, como se tivesse vida própria.
As mãos se foram.
Tinha a face cansada, a alma ferida e castigada!
Sentia-se fraco e perdido!
Inanimado, adormeceu.
Sete dias se passaram.
Visivelmente recuperado, aproximou-se de onde fora salvo.
Lembrava de já tê-lo visto. Ficou impressionado!
Tamanha era a beleza daquele lago!
Não resistiu e pulou.