CANTADA DE CAFAJESTE

Vivia de farras, a desfrutar sua liberdade

Não tinha a quem se prender, que não a sua vaidade

Era cafajeste. Homem envolvente audacioso

Manhoso...

Imagine a petulância, em de mim se aproximar

Merecia um tapa no rosto

Indecente, malicioso...

Afasto-o aos empurroões, a controlar emoções

Trazidas por sua presença vulgar

Não quero seu toque

Não suporto seu cheiro

Não me perco em devaneios

Não quero me apaixonar

De mim mantenha distância

Não digo que sou santa

Mas não sou mulher vulgar,

Chega de sua conversa,

Deixe-me ir, que tenho pressa

Pare de me amolar

Indecente e atrevido fala no meu ouvido

Sussurrante a me queimar

Sei que não és santa, muito menos criança

Deixe-se ficar

Replico dizendo, sou mulher

Entenda como quiser, não vou me deixar levar...

Quis mais falar, mas de repente me ardendo de desejo

Sou calada com um beijo, louco a me saciar...

Disse-me, não quero que se apaixone

Mas tu és mulher e eu sou homem

Que custa nos desfrutar?

Outra vez calada aos beijos,

Exigentes de desejo, meu corpo em febre,

Penso: Meus Deus, novamente eu caí

Na cantada do cafajeste!

Silere Tacere
Enviado por Silere Tacere em 17/11/2015
Código do texto: T5451790
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