Caminhando solitário,
com seu guarda chuva fechado,
olhando sempre pro chão,
com o coração, cheio de amor,
sem nunca ter tido um,
nunca na sua cama passou,
um falso, ou verdadeiro amor,
entrando em uma rua estreita,
rua, que conhece bem,
caminho,que muito tem feito,
sem nunca procurar atenção,
quando,pego pelas mãos,
foi encarado nos olhos,
por uma mulher de plantão,
já lhe dizendo de pronto,
está procurando diversão?,
o homem, no seu monologo interno,
queria dizer sim,
mas a boca, disse não!,
a mulher se sentindo ofendida,
foi perguntando então,
gosta de mulher não?
só das com coração!,
porque acha isso de mim?,
porque me trata assim?,
com essa indiferença?
o homem seguindo em frente,
falou com uma voz mansa,
amor eu nunca fiz,
ainda continuo virgem,
igual, quando eramos crianças,
não quero me envolver agora,
no teu desejo de uma hora,
pois ainda tenho esperança,
de um dia, você me enxergar,
com os teus outros olhos,
aqueles, que se fecham,
quando me ver te olhando,
na subida do meu prédio,
entregar a outro homem,
o que um dia, disse ser meu,
teu coração tão pequeno,
semente de mostarda,
que nunca floresceu.