Vento

O vento varre as folhas das árvores, nos seus redemoinhos, murmuram a despedida.

Algo se perdeu por um caminho de palavras...

_Vassoura de bruxa! Onde escondestes?

O reinado doce fora desmanchado, operárias seguem sua rainha.

Últimas gotas de mel, foram centrífugadas dos favos, a doçura esta nos vidros selados para o comércio.

Quem deseja sorrir e ter prazer necessita a compra.

_"De a César o que é de César e a Deus?..."

Amor, caridade, gratidão, obediência, dedicação.

_"Dai-lhe o troco em anchovas para o almoço, faça pesas com chumbinhos da coroa sobre os pratos".

O inverno se prepara em frente ao espelho, de sobretudo pretende vir ao nosso encontro, trazendo nos seus braços mórbido abraço.

Um carteado de memória, sobre o tapete da sala, pode ser um jogo divertido e enfadonho, dependendo da espera deste hóspede.

As folhas foram varridas, por aquele que veio não se sabe da onde e que segue para onde ninguém sabe, mas que existe e sopra seus cabelos.

Maurício de Oliveira
Enviado por Maurício de Oliveira em 21/04/2017
Reeditado em 23/04/2017
Código do texto: T5976987
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