MINHA CASA NO SERTÃO

MINHA CASA NO SERTÃO

Minha casa abandonada sem teto e sem calçada tão solitária no meio do sertão.

No inverno rigoroso tudo era colosso, mas quando a seca chegou partiram todos em retirada.

O alpendre vazio mostrava a agonia dos sofrimentos passados naquele pedaço de terra, sem água no ribeirão.

Cena triste de arrepiar eu começava a chorar de desilusão, mas a fé dominava meu coração que batia em disparada.

O gado foi transportado, os currais abandonados, o chão seco esturricado duro que só um apertão.

Procuro meus gados, o rebanho das ovelhas, as galinhas cantadeiras que era a alegria da gurizada.

Tudo virou vintém real nem pensar restam somente lembranças e saudades da vizinhança dos amigos do meu sertão.

ANTONIO PAIVA RODRIGUES-FORTALEZA/ CEARÁ

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Enviado por Paivinhajornalista em 28/04/2017
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