Cadê as orelhas do meu "cantinho"?...

Oh céus, oh vida! Cadê o antigo amor-paixão!... ...Então, deveras maravilhosissimamente mui bem lambuzado, de benéficas e palpitantes emoções? E pensar que o meu cantinho principal... ...Aquele meu antigo e especialíssimo cantinho! Todo revestido de bons sentimentos... ...E de ânimo, sonhos, projetos e esperança! De tal forma especial, que até há bem pouco tempo Era um cantinho deveras convidativo e cantante! Um daqueles cantinhos quase mágicos... ...Com os seus mil e um pequenos encantos. E pensar ainda que hoje, ai, ai, ai... Nos modernizados CANTOS derivados daquele meu singelo cantinho... ...Não mais se ouvem aquelas antigas e alegres cantorias! Então assaz encorajadoras e estimulantes... ...Mas que, agora, oh vida! Oh céus! Deles se escuta apenas e tão somente lamentos. Perdoem- me as minhas incon (so) (tro ) láveis lamúrias Pela irreparável (?) ausência daquele meu simplório, exíguo e paupérrimo E quiçá até mesmo ilusório... ...mas contagiantemente amoroso, enquanto alegre e apaixonante cantinho. Assim era o meu cantinho... Ele que, aliás, nem era propriamente um cantinho material... Mas um aquecido (e quase já esquecido...) Enquanto mais ainda amorosamente participativo, e alegremente compartilhado modo de viver! Como pude relegá-lo a esse gradual esfriamento... ...Ou permitir que me escapulisse por entre os mal compassados suspiros Deste meu velho e quase já carcomido coração?... Será que para tão egoisticamente grave falha... ... O Bom Deus dá o esperado misericordioso perdão? Cá pensando com meus botões... ...Cheguei a uma "amolecida" conclusão: E por que não pedi-lo eu mesmo, afinal?

Pedi-lo-ei...

Feliz Dia das Mães!!!

Poetinha Armeniz Müller.

...O arrazoador poético.