“POBRE WALDEMAR”

A madrugada ainda sonolenta.

Alguns poucos solitários,

como eu, Caminham.

Em mais um dia de luta

As paisagens mudam lentamente.

A mais triste delas bem à minha frente.

Pobre Waldemar. Imortalizado por suas belas obras

e pelo bronze.Triste e mudo.

Em um espaço tão belo e abandonado.

Palco de grandes folguedos.

Da feira do miriti

às quadrilhas juninas.

A música triste da clave de sol, ao ré maior.

Das sete notas musicais.

Da concha acústica.

Do nosso tacacá.

Oh! Waldemar.

Sei que é difícil este ar.

Um cheiro fétido.

Com um aperto no coração,

tão quanto você,

que me faz chorar.

Bruno Down
Enviado por Bruno Down em 21/06/2017
Código do texto: T6033778
Classificação de conteúdo: seguro