Considerações sobre o amor
O amor não é tão abstrato como a Teoria de Piaget e nem tão complexo como a matemática.
O amor está mais para arroz e feijão bem feito do que para lombo ao molho madeira ou outros pratos de bistrô que só degustamos de vez em quando. O amor não acontece em datas especiais, em jantares a luz de velas ou em trocas de presentes. Acontece no beijo na testa desejando uma feliz segunda-feira, quando a caixa de e-mail tá lotada e a agenda corrida.
O amor não está representado nas declarações quilométricas, muito menos, nos enormes buquês de rosas vermelhas. Acredite se quiser, ele está no cafuné que continua a acontecer, mesmo quando o sono ameaça a nos desligar. Está nas coisas simples: Ir ao supermercado e lembrar de levar o que ele gosta.
Amar é ajudar o outro a lidar com as cobranças do mundo lá fora, é ser ouvido quando as coisas não correm bem, é tocar a alma 365 dias por ano.
Amar é fazer silêncio quando a vontade é de gritar. É dizer "Tá" quando, na verdade, a vontade é dizer outra coisa...
Amar é entender que há muito mais calcinhas beges e confortáveis do que fios dentais vermelhos.
O amor está muito mais nas pernas entrelaçados sob o edredom e maratonas de séries no Netflix do que nas posições mais elaboradas do Kamasutra.
O amor é dia a dia, é manter os corações felizes e juntos, faça sol, faça chuva ou faça tempestade. É muito mais que noites quentes, é muito mais do que vivemos em dias ensolarados, céu azul e feriado.