Meu universo paralelo

Amo-te...

Como uma criança pequena,

ama sua mãe,

único amor,

sentimento egoísta de entrega.

Amo também deixá-lo livre,

Porque, nada dói mais,

que o sentimento, de posse.

Detesto a palavra "meu",

Da uma horrorosa impressão de,

Meu brinquedo, minha propriedade.

Pessoas, não são terrenos, nem tão pouco, contas em banco,

Pessoas, não são utilidades, são matéria, matéria espiritual,

Corpo, sangue é pulsações...

Detesto o fato, de ter que aceitar,

Que você me é, mais que especial,

Também uma pessoa, cheia de defeitos, mas que nunca omitiu, nenhum deles para mim,

O que de fato, me conquistou ainda mais.

Dentre todos os espaços, que você me deixou,

Ainda restam fragmentos, que me impedem há coerência,

Amar...

Amar talvez seja, o simples ato dê se encontrar, dentro dos olhos do outro...

É se me recordo, com clareza das idéias, mil vezes, me vi dentro dos teus.

De nada adianta correr,

correr exatamente daquilo, que caminha comigo, todos os dias,

Me resta apenas, aceitar os fatos,

De que mesmo, com tamanha longitude ,

Ainda, o encontro em meus sonhos,

e até te sinto,

Consigo te sentir tão perto,

Que todas as distâncias, se dissipam pelo universo...

...meu universo paralelo.

Soneto de Saturno
Enviado por Soneto de Saturno em 10/10/2017
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