SÉRIO?

Amo e odeio todos os meus versos,

depende do dia.

Algumas vezes bastam segundos

para eu ir do gênio ao ridículo.

Que intermitência absurda!

(Tenho o tempo trabalhando e

enrijecendo minha postura,

tenho os afetos pesando cada dia mais

forçando minha alma para o ponto de ruptura)

Sinto-me como um pedaço de arame

que é tensionado para baixo e para cima

até que se parta...

Como posso manter a espinha flexível?

Resiliência? Qual parte? Como? Onde?

...?...

...o dia abafado vai chegando ao fim,

a noite vem carregando a escuridão inevitável.

Então um pensamento toma conta de mim;

foda-se se são bons versos ou não. Melhor

é não levar as coisas muito a sério,

principalmente, não me levar muito a sério.

Fabiano Stopassolli
Enviado por Fabiano Stopassolli em 14/10/2017
Reeditado em 14/10/2017
Código do texto: T6142421
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