Flor das águas santas de Catarina

A priori, uma sombra que cobria o leito inóspito

Noites a fio de constante desatino, sem prumo

À cata do melhor juízo, a débil razão desfalece

Andarilho só, sem fado, sem curso e sem tudo

Zé ninguém de infecundos sonhos de aquém

Para os confins das santas águas ele partiu

Além, uma linda mulher esperando seu príncipe

Floripa das belas flores ilhada pelo intenso azul

Do Hercílio veio a meiga Luz que então iluminou

Sentada no banco junto à Lagoa da Conceição

Pose para os pincéis ávidos do grande artista

Dentre espécimes, o primor dos olhos gentis

A quitar a velha dívida com seu jovem coração

Imergi em seu beijo no afável e singelo abraço

A paisagem habitual, a vista disso fica bucólica

Cenário novo para um novo espetáculo de amor

Ela veio para fazer em mim sua luminosa morada

A posteriori, novas expectativas se multiplicam.

Floripa das flores envolvidas pelas santas águas, turbada por pessoas em trânsito de um lado a outro da ponte. Teresa, sentada naquele banco, confundindo a natureza, pelo esplendor de sua beleza.

"O passado não reconhece o seu lugar: está sempre presente"

(Mario Quintana)

James Assaf
Enviado por James Assaf em 16/10/2017
Reeditado em 16/10/2017
Código do texto: T6144019
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