Vale da sombra da morte

Eu queria estar hábil, para dizer, como eu aguentei até aqui, vivo e de pé, tremendo bastante as pernas, quase caindo. Mas, eu me mantenho de pé.

Minha mente e meu corpo, estão realmente doloridos; não sei o que me atingiu, tão duramente, tão certeiro e quanto mais um ponto do meu corpo era ferido, mais aquilo me castigava.

Por acaso, eu sei o que é isso... A vida.

Eu encarei o túnel, na esperança de encontrar a luz no fim dele, mas está demorando muito, eu já fiquei entediado e cansado, algumas vezes, eu me sentei a beira do caminho e segurei a minha cabeça. Eu não estava chorando, mas, a lágrimas caiam, fora do meu controle.

Com nenhuma noção de tempo, apenas sabia que o tempo ia embora e rápido, eu estava correndo também, só que, muito lento e o tempo, não tem misericórdia de mim e nem de ninguém, então, continue correndo, ou andando, ou rastejando, mas, continue se movendo. Eles vão te pegar, tão facilmente, como eles estão me pegando.

EU viro o meu rosto para o céu, onde não tem céu, nem estrelas e nem luar, nada... Penso se, está escuro o suficiente para Deus me ver, ou ele apenas está testando, minha força, o quanto eu resisto e eu espero, que ele esteja orgulhoso de mim, porque não penso em parar e ficar.

É uma longa estrada, mas estou sedento.

Não sou especial, na verdade, sou apenas mais um na massa, em meio ao tumulto, ao mesmo tempo, que estou entre eles, estou contra todos eles. Estou sozinho.

Minhas cicatrizes, não me deixam esconder minha jornada até aqui, minhas cicatrizes, meus punhos enrijecidos, meu olhar vazio, é, eu sou um monstro, os restos, do antigo eu.

Embora, eu ande sobre o vale da sombra da morte, nenhum mal temerei e não estou com medo, mas, estou sendo severamente ferido e isso me faz apenas, precisar de um tempo, para me recuperar.

Me dê meu tempo, eu chegarei lá.