#Kalúnia 91 - Charlie Balanço

- Um jornal de boatos confirmados -

A mais correta interpretação do Maomé do Charlie Hebdo é de que ela não passa de um personagem da revista. Afinal, não se conhece até hoje a face de Maomé mesmo porque não se permite que ele seja retratado. Ou seja, o massacre de Paris nunca foi contra a liberdade de expressão e mais de um chefe radical muçulmano admitiu depois nem ter visto as charges. Aliás, além dos autores, os leitores do Charlie são pouco cristãos, ou melhor, eram, já que agora eles se multiplicaram e a revista já desbanca até a Time, o que é ótimo.

Quer dizer, achacina perpetrada pelos dois irmãos homicidas serviu ao menos para popularizar no mundo a publicação e a marcha demagógica depois dos políticos, não passou de um atestado da distância entre a guerra no Oriente e a distopia européia.

A França vem particpando há anos, e sob governos de todas as capas, da manutenção a ferro e fogo do imperialismo ociadental-judaico na África e Oriente Médio. Argélia, Egito, Líbia, Sudão, Somália, Palestina, Líbano, Irã, Paquistão, Afeganistão sobrevivem há uma guerra e intervenção sem fim norte-americana/européia, que compreende até uma Otan ressuscitada das trevas da Guerra Fria.

Não houve abuso do Charlie Hebdo, houve premeditação terrorista assassina comandada por mercenários da Al-quaeda e do Exército Islâmico, frutos da ação da CIA e do Mossad, no Afeganistão, Iraque, e Síria, O beco sem saída continua e não há a mínima intenção de EUA, Grã-Bretanha, Alemanha, França e Israel em abandonar possessões na África e na Ásia. Os EUA não se retiraram do Afeganistão nem do Iraque e continuam apoiando o belicismo israelense contra a Síria e o Irã.

Charlie Hebdo não passou, infelizmente, de mais uma cena sangrenta de um drama intercontinental sem perspectiva de terminar.

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