Prisão perceptiva

A mulher que eu sou hoje é uma mulher despertada para o interior. Uma mulher que caminha serenamente entre a dor do mundo atual e das verdades que se encarceram dentro de minha alma.

Consciente das metas estabelecidas e da plenitude a ser por mim alcançada,encaro de frente as diferentes portas e janelas que o meu coração abre e fecha segundo as situações de vida que fazem parte da minha jornada evolutiva.

Hoje não vivo mais na prisão conceitual de celas sutis mas castradoras,sou meio liberta, ou seja, me encontro um pouco mais distante desse sistema que hoje domina, digo um tanto mais distante apenas, porque para ser livre completamente eu teria que viver numa redoma de vidro alheia a tudo e até mesmo a mim própria.

Aprendi a amadurecer,a abandonar utopias e a encarar a realidade como ela de fato é, mesmo sendo muitas vezes mais fria e racional do que eu gostaria.

Percebi que simplificando as coisas e vendo o real valor de tudo o que me rodeia, a vida se torna mais prazerosa, mais gostosa de ser vivida.

Assim como foi o meu dia de hoje. Domingo de páscoa. Domingo em família. A grandeza desse momento de união familiar, que para muitos é mais um momento frugal, inflou-me o espírito, causando-me essa sinfonia de filosofia ímpar, única, intrinsecamente minha.

Filosofia esta que me leva a um outro tipo de prisão. A prisão perceptiva. Prisão que graças a Deus, vem fazendo parte dos meus dias, possibilitando o meu crescimento, a minha evolução, o meu amadurecimento geral.

Ouso dizer que é a prisão que têm me libertado de medos, tabus, preconceitos e tantos fardos impostos que carregamos ao longo dos tempos. Prisão que me deu a aceitação de mim mesma e de todos os demais .

Ah! Que dia maravilhoso foi o dia de hoje. Que renovação. Em cada olhar que cruzou o meu, eu encontrei amor, alegria e paz, ou seja encontrei Deus!